NOSSO PLANETA EM PERIGO

sexta-feira, 27 de março de 2009

Zezineto Mendes de Oliveira*

Temos acompanhado nos últimos tempos, e mais recentemente, as mudanças que vem acontecendo com o nosso planeta Terra; até hoje o único planeta dito habitado por seres vivos. Essas mudanças, transformações, acontecimentos estão demonstrando que alguma coisa tem que ser feita, e o mais rápido possível, pois o que estamos vendo acontecer, parece ser uma demonstração de pedido de socorro daquela que é a nossa nave mãe. Certamente, alguns acontecimentos são manifestações da própria natureza, como terremotos, maremotos, tufões, erupções vulcânicas, enchentes entre outros. Agora, o que nos preocupa mais fortemente, é como a humanidade vem contribuindo com o agravamento dessa situação de perigo que ocorre com o nosso planeta, vejamos alguns dos muitos exemplos da nossa participação neste cenário não muito agradável de se ver.

No inicio do Século XX, em 1906 na França uma explosão numa mina deixou o saldo de 1.060 trabalhadores mortos. Na China em 1942, um desastre numa mina da Manchúria, vitimou 1.549 operários. Uma explosão em Cali na Colômbia tirou a vida de 2.700 pessoas no ano de 1956. Para não deixar o Brasil de fora desses fatos, citaremos uma explosão ocorrida numa mina de carvão em 1984, deixando como resultado trágico, a morte de 934 trabalhadores. Esse e outros desastres podem ser encontrados no seguinte endereço da Internet: www.diesis.com/emerchen/industrial-accidents-off-the-past.htm. Um pouco mais da contribuição humana que está deixando nosso planeta em situação de risco.

Em 1984 um acidente numa filial do grupo Union Carbide, na Índia provocou a morte de milhares de pessoas. Em 1987 no Alasca, o naufrágio de um superpetroleiro provocou um dano ambiental tão grave que ficou conhecido como A MARÉ NEGRA. Um dos acidentes que mais chamou a atenção do mundo aconteceu na Ucrânia, região da antiga União Soviética em 1986, que devido ao vazamento na central nuclear de Chernobyl, vitimou milhares de pessoas, que ainda hoje, sofrem conseqüências desse desastre, provocando desconfianças em todo o mundo quanto aos programas nucleares que estão em andamento, tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento.

No momento em que estamos buscando material para alimentar a construção destas simples linhas, encontramos uma imagem que deixou muitas pessoas perturbadas com o comportamento do ser humano. É uma imagem de um pequeno barco de pescadores japoneses sobre águas vermelhas, de um mar azul, tingido de rubro com o sangue de golfinhos, que são mortos por ano 22.000, tendo suas carnes enlatadas e vendidas nos supermercados. Muitos podem até pensar e dizer, grande coisa, isso também acontece com atuns e sardinhas e ninguém nunca reclamou! Talvez seja uma constatação. Porém, os atuns estão cada vez mais difíceis de serem encontrados e as sardinhas, que encontramos enlatadas, estão menores e com muito óleo ou molho; podendo significar que estão sendo pescadas antes do tempo necessário para seu devido consumo.

Mas, retornando a tal imagem que circulou nos meios de comunicação por todo o mundo no ano de 2003 sobre os golfinhos, a mesma parece querer demonstrar que, entre as muitas espécies de animais existentes na terra, a espécie humana, por enquanto, a única dotada da capacidade de pensar e refletir, parece não pensar e nem querer refletir sobre o seu futuro. Não estamos querendo em hipótese alguma o alarmismo, mas temos muitos outros fatos e acontecimentos que podem nos deixar atentos, os quais serão tratados em momentos seguintes. Agora, uma coisa é fato, o que está acontecendo com a terra tem muito de nossa participação, que em termos do cuidado com sua estrutura ambiental, não temos a menor duvida, somos os maiores responsáveis. A terra é o que é. Nós, seres humanos, nos permitimos ser o que quisermos ser, e é isso que faz a grande diferença. Façamos alguma coisa, boa para o planeta é claro, antes que seja tarde. E no caso do nosso planeta Terra, antes que seja tarde demais.
*Economista, Professor do Departamento de Economia da UERN,
Faculdade Mater Christi e UNP, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente

0 comentários: