O PODER PÚBLICO E A ECONOMIA DE MOSSORÓ

sábado, 31 de janeiro de 2009

Carlos Escóssia

No que se relaciona aos aspectos econômicos em Mossoró, é visível a hegemonia do setor terciário sobre os outros setores da economia, no caso os setores primário e secundário. Com a falência da agroindústria e a mecanização das salinas, Mossoró preocupa-se em reorganizar sua economia e o faz através da implementação do setor terciário que engloba as atividades que estão nas esferas de circulação, distribuição e do consumo, não só de mercadorias, mas também do próprio capital, o que enfatiza a importância do terciário para as cidades que, como Mossoró, constituem-se centros regionais, aglomerando prestações de serviços das cidades circunvizinhas e viabilizando a migração campo-cidade, pela euforia que a oferta de empregos e serviços suscita, trazendo conseqüências negativas para a cidade, tais como: desemprego, prostituição, favelização, marginalização, alem de outros tantos problemas sociais.
Em Mossoró a expansão do terciário foi inicialmente viabilizada com a prestação de serviços básicos – educação e saúde – e o incremento do comércio local. Dessa maneira, Mossoró foi forçada a intensificar os serviços oferecidos à população e, ainda, a multiplicá-los numa tentativa de atender a demanda provocada pelo fluxo migratório que recebeu, decorrente da exploração da petrolífera que a Petrobrás desenvolveu no município, bem como o boom da fruticultura irrigada e da carcinicultura. A cidade teve que criar uma infra-estrutura a passos galopantes, atropelando o processo natural de crescimento que, certamente teria nos setores básicos de prestação de serviços a comunidade.
A cidade de Mossoró, até então interiorana, tomou ares de metrópoles em curto espaço de tempo. Novos elementos passam a constar no repertório do seu cotidiano, que surpreende pelas inovações que no dia-a-dia vão se sucedendo e que traz consigo visíveis transformações para a população local. Uma cidade que hoje se vê ás voltas com situações que não sabe o que fazer, ou que o poder público municipal não tem aptidão ou vontade política para reverter ou enfrentar. Na proporção do aumento do número de migrantes que aqui vem em busca da melhoria da qualidade de vida, crescem as filas de desemprego, os índices de marginalidade e violência, o analfabetismo, a fome, o abandono da infância pelo trabalho forçado ou mendicância, a prostituição infanto-juvenil e desistência escolar e outras tantas injustiças sociais, além de inúmeros problemas socioeconômicos que inviabilizam o pseudo progresso aqui desenvolvido. Se a população do município cresceu quantitativamente, esse crescimento não se reverteu de forma qualitativa no que se relaciona a qualidade de vida e do bem-estar dos mossoroenses.
Além da nossa posição geográfica favorável e do aumento constante do fluxo comercial e da prestação de serviços advindo do setor salineiro, da carcinicultura e da Petrobrás, Mossoró produz, via irrigação, abundante quantidade de frutos, em especial o melão, acerola; manga, caju e castanha, o que lhe permite abastecer a região e exportar alguns desses produtos para o sul do país, e até para outros países. Sem dúvida, a economia local tem apresentado um considerável nível de crescimento (não confundir, com desenvolvimento econômico), em especial no setor terciário, consubstanciado pela Petrobras e empresas por ela contratadas. Isso não, impede, contudo, que a cidade apresente um índice de desemprego galopante, já sendo visível o grande número de famílias que vivem abaixo da linha internacional de pobreza, apesar de ser expressivo o aumento de estabelecimentos comerciais e prestadoras de serviços no município.
Diante do atual quadro, da passividade e falta de compromisso das últimas administrações, no que se relaciona a organização e conseqüente crescimento dos setores primário e secundário se faz necessário e urgente que a atual administração coloque em pauta - sem uso de filigranas e propagandas enganosas – a retomada do crescimento econômico de Mossoró, pois a cristalização desse crescimento dependerá da vontade política da atual gestão, articulando-se com a classe empresarial, entidades de classe, sindicatos e a sociedade civil como um todo. Só com a junção dessas forças, capitaneadas pelo poder público será possível projetar Mossoró, não só na esfera estadual e regional como também em nível nacional, pela sua destacada participação na produção nacional de frutas tropicais, na carcinicultura, na apicultura e na extração de recursos minerais como: petróleo, sal, gesso, e gás natural. A exploração desses recursos demonstra o potencial existente e justifica todo esforço do seu caminhar para o desenvolvimento.
A retomada do crescimento de Mossoró e seu caminho para o desenvolvimento, dependem exclusivamente da vontade política e do entendimento não só da prefeita Fátima Rosado, mas de todos que fazem parte de sua administração, de que “uma sociedade só justifica um estágio de desenvolvimento, quando alcança um nível razoável em três aspectos fundamentais da vida social: um alto nível de qualidade de vida com garantia de acesso aos serviços essenciais; um padrão de democracia com plenas e irrestritas condições de exercício da cidadania, sem discriminações sociais e o conjunto da população decidindo efetivamente os rumos da sociedade”. Esses três elementos interagem entre si e compõem um projeto de desenvolvimento sustentável – o que Mossoró precisa urgentemente – e a população obrigatoriamente tem que cobrar da atual administração que até o momento tem se preocupado exclusivamente com maquiagens mal feitas, muitas festas, destaque na mídia, financiada com o nosso dinheiro, enquanto contribuintes.

O QUE É MUNICIPALIZAÇÃO DO TRÂNSITO?

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


Carlos Escóssia
Instituído pela Lei n° 9503/97, o Código de Trânsito Brasileiro, buscou por vários meios criar mecanismos que proporcionassem ao trânsito brasileiro significativas mudanças, para compatibilizá-lo com as nossas necessidades, e com os atuais conceitos mundiais sobre a prevenção da vida e do meio ambiente. Uma das inovações mais significativas foi a inclusão dos municípios no Sistema Nacional de Trânsito, atribuindo-lhes competências para atuar nessas áreas, atendendo aos interesses e peculiaridades locais, pois o Brasil possui mais de seis mil comunidades municipais, cada uma com características próprias e interesses diversificados.
A municipalização do trânsito implica em várias providências que devem ser adotadas pelo município para atuar na área de competência, e são obrigatórias, uma vez que a municipalidade passa a ser responsável por tudo aquilo que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) lhe atribui como competência, independente de delegação ou medida especifica. A obrigatoriedade imposta pelo CTB, quanto à atuação do município na área do trânsito depende de certas providências inerentes ao próprio município, tais como: criação do órgão executivo de trânsito rodoviário; designação e preparação do corpo de agentes municipais de trânsito; implantação dos serviços de engenharia de tráfego, sistema de controle e análise de estatística e do programa municipal de educação de trânsito.
Além da competência para o gerenciamento do trânsito adequando-o a forma que lhe for mais conveniente, o município é contemplado com as seguintes vantagens: 1) aumento de receitas, tais como: implantação dos serviços de estacionamento regulamentado; taxas de cadastramento de ciclo motores e outros meios de transportes; multas municipais por infração à legislação de trânsito; serviços de remoção e guarda de veículos; taxas de circulação para cargas especiais e perigosas etc; 2) melhoria da qualidade do trânsito urbano e conseqüentemente melhoria da qualidade de vida da população; 3) redução dos custos hospitalares com a redução de acidentes; 4) formação mais adequada dos alunos de escolas municipais como usuários de trânsito; 5) possibilidade de profissionalização dos jovens do município, qualificando-os como técnicos em operação, fiscalização, administração e planejamento do trânsito; 6) abertura de novos empregos para a população.

MENSAGEM PARA MEU VOZINHO CABRAL!!!


Carla Cabral da Escóssia*
Vozinho, vou falar simples, como simples foi a sua passagem por essa vida; vou falar fácil e dócil, da forma como foi fácil e dócil conviver e viver com você; vou falar de dignidade e respeito, coisas que você nos ensinou e viajou sem querer se despedir, pois tenho certeza que o senhor – ESTE HOMEM – ainda tinha muito a nos ensinar e a ensinar a toda humanidade com suas HISTÓRIAS PITORESCAS.
Vô, aprendi com o senhor , e hoje tenho plena certeza que é verdadeira sua afirmação que: “UMA COISA PUXA A OUTRA”, e com lágrimas nos olhos e um triste sorriso no rosto, guardarei na lembrança os bons momentos em que vive ao seu lado.
Há vozinho, quanta saudade, sentiremos do senhor! Adiamos tudo, até que sua morte chegou! Adiamos o entendimento de tudo, a vontade de gritar, o calar que nos foi imposto, um cansaço antecipado de tudo, com uma saudade prognostica e vazia. Sua partida doeu “De MAIS” em todos que tiveram o privilégio de te conhecer. A dor não é pelo mistério, pelos interesses misteriosos, mas pela dor do meu coração.
Estou triste, de coração partido e ao senhor peço que me dê força e coragem para terminar o que preciso dizer. Tive a doce alegria de ser sua primeira neta e tive a oportunidade de viver ao sabor de sua companhia por longos e felizes anos. O senhor esteve ao meu lado em todos os momentos bons e difíceis da vida. Do pior deles, que foi a morte de vozinha até o mais sublime que foi o nascimento de João Marcelo, meu filho, seu bisneto e afilhado. Esteve ao lado de mainha quando nasci, em todos os meus aniversários, na minha formatura e casamento, mas, sobretudo, esteve sempre em minhas orações, morando no fundo de minha alma de uma maneira tão profunda que sua lembrança diária me emocionava. Você foi mais, muito mais que avô, foi pai, amigo, conselheiro e cúmplice de coisa boas na busca do bem comum. Vozinho, eu sempre soube o “caminho de casa”, porque, “você era a minha casa” e agora viverá eternamente em meu coração.
Impossível mensurar a sua importância para toda a nossa família. Sempre decifrando cada filho e suprindo as faltas detectadas. Amando cada neto de forma terna e eterna. Esperando calorosamente pela chegada do tão esperado neto Luiz Eduardo. E vendo no rosto dos bisnetos, João e Lêlê, alegria para viver.
Sabia meu querido avô ou simplesmente vozinho, que o silêncio de hoje é diferente do silêncio de ontem, pois o silêncio de ontem era compensado pela doce alegria da sua companhia, já o silêncio de hoje é diferente do silêncio de ontem, pois o silêncio de hoje é triste pela dor de sua partida. Ficamos paralisados, incrédulos, diante da sua honestidade inquestionável, sua generosidade , seu caráter ilibado para com aqueles que um dia lhe decepcionaram e como diz uma linda música que muito me recorda o senhor se as tristezas desta vida quiserem te sufocar, segura na mão de Deus e vai. Se a jornada é pesada e te cansas a caminhada, segura na mão de Deus e vai. Jesus te prometeu que jamais te deixará, então, vô, segura na mão de Deus e vai.
Há, meu avô amado “se todos fossem iguais a você” o mundo seria bem melhor.
“Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor;
A tua vida
É uma linda canção de amor...
Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você”
Eternas Saudades...
Da sua esposa, dos seus filhos, netos, bisnetos, genros, noras, irmãos, cunhados e amigo
*Discurso proferido na missa de sétimo dia do meu avô Cabral.

O QUE É SER UM ESCÓSSIA?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


* Carla Melo da Escóssia
Estamos aqui reunidos para celebrar mais um encontro. Um encontro de gerações, mais especificamente dos descendentes de Jeremias da Rocha Nogueira e seu filho João da Escóssia. Por isso, gostaria inicialmente de saudar os descendentes de Joel da Escóssia, Escossinha, Escossizilda, Dulce da Escóssia e Lauro da Escóssia, meu avô.
Nesta noite, quem talvez devesse estar aqui era meu pai, Lauro da Escóssia Filho. Mas, às vezes, somos confrontados com obrigações diante das quais não podemos fugir. Afinal, uma Escóssia “não foge à luta”.
Antes mesmo de escrever estas palavras me pus a pensar sobre o que me faz e nos faz ser Escóssia. Algumas das vezes, em que fui identificada como membro desta família, ouvi coisas do tipo:
- “Os Escóssia: Ah, esses mandam em Mossoró”; ou ainda brincadeiras como a que dizia a saudosa amiga Ângela Borges, para quem os Escóssia era a “família Kennedy” de Mossoró.
Ditas em tom de brincadeira ou não, a verdade é que a história de Mossoró e do Rio Grande do Norte está irremediavelmente ligada à história desta família, de seus homens e mulheres, de suas idéias e ideais.
Mas, ser Escóssia não é ser de Mossoró, ou de Natal, ou de Fortaleza. Hoje somos tantos, espalhados por tantos cantos. O que nos une afinal? E, mais que isso, o que nos identifica?
É ter pele meio avermelhada, os olhos claros e gostar de comer bolo quente? Com certeza não. Ou é chegar quase sempre atrasado e fazer festa com tudo?
É ter pernas grossas e sangue quente? É isso? Ou é brincar no jornalismo e gostar de fazer política? Também, mas não só isso.
Esta família, que não tem origem em nenhuma aristocracia rural, nasceu do sonho de um homem livre acalentado pelas idéias iluministas de Jeremias da Rocha. Para quem ainda não sabe, o sobrenome Escóssia surge a partir de um gesto de rebeldia, diante de uma igreja inquisidora.
A família nasce na defesa da Republica contra a Monarquia, e pela liberdade de expressão. Não foi por acaso que fundamos O Mossoroense, o segundo jornal mais antigo do Brasil.
É bem verdade que a força de nossas idéias já dividiu esta família. Já ganhamos homens e já perdemos. As nossas derrotas, entretanto, nunca nos fizeram fracos ou covardes. Tampouco as nossas vitórias nos tornaram melhores ou superiores a quem quer que seja. O que nos faz Escóssia, sendo muitos ou sendo poucos, estando perto ou longe é, sem dúvida, a força para enfrentar preconceitos e derrubar barreiras. É sabermos usufruir das nossas conquistas sem se deixar inebriar pelo brilho fugaz da vaidade, da riqueza e do poder. Ser Escóssia é fazer do talento e do trabalho nossas principais âncoras.
Ser Escóssia é acreditar no futuro, é olhar a tradição sem enaltecer seus dogmas.
Ser Escóssia é ter exemplos como os de Tia Dulce e João da Escóssia, Ana Floriano, Escossinha e Lauro da Escóssia e passar as suas lições para nossos filhos.

*Discurso proferido na 4ª Convenção dos Escóssias, realizada em janeiro de 2006

O QUE É CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


Carlos Escóssia
É de extrema importância sabermos diferenciar crescimento econômico de desenvolvimento econômico, pois é possível uma cidade, região ou país, crescer sem alcançar um estágio de desenvolvimento econômico. Em síntese, crescimento e desenvolvimento econômico são duas coisas ou situações distintas.
Podemos definir crescimento econômico como o aumento da capacidade produtiva da economia (produção de bens e serviços). É definido basicamente pelo índice de crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB), per capita. O crescimento de uma economia é indicado também pelo crescimento da força de trabalho, pela receita nacional poupada e investida e pelo grau de aperfeiçoamento tecnológico.
Já o desenvolvimento econômico, podemos conceituá-lo como sendo o crescimento econômico (aumento do PNB per capita), acompanhado pela melhoria da qualidade de vida da população e por alterações profundas na estrutura econômica. Como se pode ver, o conceito de desenvolvimento é mais qualitativo, pois inclui as alterações da composição do produto e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, violência, condições de saúde, alimentação, transporte, educação, higiene e moradia). Em suma, podemos afirmar que desenvolvimento econômico é algo que combina crescimento com distribuição de renda.
O Desenvolvimento de cada país depende de suas características próprias, tais como: situação geográfica, extensão territorial, passado histórico, cultura, população e riquezas naturais. A Organização das Nações Unidas (ONU) usa os seguintes indicadores para classificar os países, segundo o grau de desenvolvimento: índice de mortalidade infantil esperança de vida média, nível de industrialização, grau de dependência externa, potencial científico e tecnológico, grau de alfabetização, instrução e condições sanitárias.
De maneira geral, as mudanças que caracterizam o desenvolvimento econômico de uma cidade, região ou país, consistem no aumento da atividade industrial em comparação com a atividade agrícola, migração de mão-de-obra do campo para a cidade, redução das importações de produtos industrializados e das exportações de produtos primários e menor dependência de auxílio externo. Para caracterizarmos um processo de desenvolvimento é fundamental observarmos ao longo do tempo a existência de: 1º crescimento do bem-estar econômico medita por indicadores, como, por exemplo: Produto Nacional Total e Produto, per capita; 2º diminuição nos níveis de pobreza, desemprego e desigualdades; 3º elevação das condições de saúde, nutrição, educação, moradia, etc.
Como citamos anteriormente, ser possível uma cidade, região ou país crescer sem se desenvolver economicamente, gostaria de citar como exemplo a cidade de Mossoró, que nos últimos anos apresentou um aumento significativo do fluxo comercial advindo do setor salineiro e do parque industrial impulsionada pela Petrobras, aumento razoável no nível de exportação de seus produtos primários, na cacinicultura, na verticalização do mercado imobiliário e no setor terciário (notadamente o comércio e a prestação se serviços), cujos recursos advindos deste crescimento não causaram modificações estruturais que pudessem induzir incremento complementar em outros setores ou segmentos da economia local e não implicaram em modificações institucionais que melhorasse a qualidade de vida da nossa população. Sem dúvida, a economia de Mossoró tem apresentado um considerável índice de crescimento econômico, não impedindo que a cidade apresente um índice de desemprego galopante, já sendo visível o grande número de famílias que vivem abaixo da linha internacional de pobreza, apesar de ser expressivo o aumento de estabelecimentos comerciais no município. Falar em desenvolvimento econômico a nível de Mossoró é um grande equívoco ou desconhecimento total da nossa realidade, cujos índices de desemprego, violência, prostituição infantil e desigualdades sociais crescem em progressão geométrica.
O aspecto fundamental é que desenvolvimento econômico não pode ser analisado, somente, por meio de indicadores como crescimento do produto real ou crescimento do produto real per capita. Desenvolvimento econômico deve ser complementado por indicadores que representem, ainda que de forma incompleta, a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, bem como a elevação das condições de saúde, nutrição, higiene, moradia, dentre outras variáveis sociais.

O QUE É BOLSA DE VALORES?

terça-feira, 27 de janeiro de 2009


Carlos Escóssia
A origem do mercado de ações é bastante remota. Alguns historiadores a localizam nos empórios dos gregos, outros nos collegium mecatorum dos romanos. Não há uma definição histórica clara sobre isso. O certo é que elas surgiram em épocas longínquas, com atribuições que não as veiculam especialmente a valores mobiliários.
Durante a Idade Média e até o século XVII, as operações das bolsas resumiram-se na compra e venda de moedas, letras de câmbio e metal precioso. Os negócios, até então, eram limitados pelas dificuldades de comunicação, pela escassez de capitais e pela ausência de créditos, ao contrário do que ocorre hoje, quando a globalização, do ponto de vista financeiro, está definida pela espetacular expansão dos fluxos financeiros internacionais e pela revolução fundada na microeletrônica, na informática e na telecomunicação.
A palavra Bolsa, no seu sentido comercial e financeiro, surgiu em Bruges, cidade da Bélgica, onde se realizavam assembléias de comerciantes na casa de um senhor chamado Van Burse, em cuja fachada havia um escudo com três bolsas, brasão de armas do proprietário.
Os investimentos no mercado de ações são bem mais complexos do que os investimentos feitos em renda fixa, que tem seus rendimentos (juros) mês a mês, como a poupança e o CDB. Para os que não lidam diretamente com o assunto, apresentamos algumas dicas que com certeza contribuirão, mesmo que de forma superficial, para o entendimento do funcionamento do mercado de ações.
O que é Bolsa de Valores? É uma sociedade civil sem fins lucrativos, formada por corretores, que mantém local apropriado para negócios com ações. As bolsas de valores são importantes na economia de mercado por permitirem a canalização rápida das poupanças para sua transformação em investimentos. As mais importantes bolsas de valores do mundo são as de Nova York, Londres, Paris e Tóquio.
O que é uma corretora? É uma instituição estatal ou privada, ligada a um banco independente, que faz a intermediação na compra e venda de ações e que pode participar do pregão.
O que é Pregão? Anúncio em voz alta feito nas bolsas de valores, pelos corretores, dos preços e condições de compra ou venda de ações. O termo se aplica, por extensão, ao local da bolsa onde se realizam essa atividade e se concretizam os negócios.
Para que serve a Bolsa? Centraliza as operações de compra e venda de ações, agiliza a troca de informações sobre os preços, faz a liquidação de contratos.
O que é Ação? Documento que indica ser seu possuidor o proprietário de certa fração de determinada empresa. Existem vários tipos de ações, cada uma definindo formas diversas de participação na propriedade e nos lucros da empresa. As principais são as ações ON (Ordinária Nominativa, que dá direito a voto nas assembléias de acionistas), PN (Preferencial Nominativa, que tem prioridade no recebimento de dividendos), OP (Ordinária ao Portador) e PP (Preferencial ao Portador).
O que é Dividendo? É a parcela dos lucros de uma empresa que são distribuídas aos acionistas em dinheiro.
As ações de um investidor podem subir se o índice cair? Podem sim, pois a evolução de um índice é o reflexo da média de um conjunto de ações.
Como se compram ações na Bolsa de Valores? Assim como se procura o engenheiro para construir uma casa, o economista para elaborar um projeto e o advogado para defender uma causa, deve-se procurar um especialista no assunto quando se deseja comprar ações. Esse especialista é o corretor de valores. Quem tem de 100 mil para cima pode procurar uma corretora ou um banco para formar uma própria carteira.
Quando comprar e vender ações? Logicamente comprar na baixa e vender na alta é o melhor negócio do mundo. Difícil é saber qual o momento da maior baixa e da maior alta. Para isso existem profissionais do mercado e administradores de fundos. Em situações como a atual, de forte turbulência, o conselho para pequenos e médios investidores é que fiquem de fora, só olhando.
Quem compra ações corre risco? O objetivo principal do investidor é maximizar seus ganhos. No entanto, é preciso considerar que qualquer investimento implica sempre certa margem de risco: risco de não reaver o capital empregado ou não se obter o rendimento esperando. E, assim como a liquidez, o risco deve ser remunerado, isto é, aquele que corre mais risco deve exigir uma remuneração maior para o seu capital. Costuma-se dizer que o investidor pode correr três tipos de risco: risco do negocio, risco financeiro e risco de mercado.
Que é um IPO? É uma operação que permite que uma empresa abra seu capital, ou seja, emita pela primeira vez ações que passam a ser negociadas na bolsa. IPO (sigla em inglês para “oferta inicial de ações”) é um mercado interessante para quem está procurando investir em ações de segunda linha. Quando uma empresa decide abrir seu capital ao público, é porque precisa levantar dinheiro no mercado, então chama os bancos de investimento para realizar a operação.
O que são ações blue chips?
São ações percebidas com as de maior liquidez. Em geral, essas ações são negociadas a um preço mais alto. O termo blue chips tem origem nos cassinos norte-americanos, onde são distribuídas várias fichas aos jogadores, e as fichas (chips) de cor azul (blue) são os mais valiosos. As ações consideradas blue chips tendem a ser papéis de grandes empresas e refletem o sucesso dessas empresas em seus mercados.
O que são ações cíclicas? São ações de empresa que fabricam produtos que apresentam ciclo de preços, tais como: siderúrgicas, papel e celulose, petroquímica etc.
Quais as principais ações blue chips no Brasil? No caso do Brasil, podem citar: Telebrás, Petrobrás, Vale do Rio Doce, Eletrobrás, Usiminas, Telesp operac etc..

O QUE É ECONOMIA DO TURISMO?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009


Carlos Escóssia
Para alguns especialistas, turismo são as viagens com distância superior a 80 km do local de residência. Outros especialistas, ao definir turismo, exigem que os viajantes permaneçam por mais de um dia nos locais visitados. Algumas definições, mais tradicionais incluem somente viagens de férias e de outras motivações, tais como: de eventos, de esporte, de religião, de estudos, de compras, de visitas etc.
Para Mathienson e Wall, o turismo pode ser considerado, de forma ampla, como: o movimento temporário de pessoas para locais de destinos externos aos seus lugares de trabalho e moradia; as atividades exercidas durante a permanência desses viajantes nos locais de destino; as facilidades criadas para prover suas necessidades.
Atualmente, as viagens turísticas ocupam lugar de destaque nas relações sociais, política e principalmente econômicas da sociedade. Podem manifestar-se de forma distinta quanto às motivações, aos meios de transportes, aos períodos de duração, aos meios de hospedagem, aos tamanhos dos grupos a as categorias de viagens. O turismo, sendo caracterizado por um tipo de serviço à disposição dos homens da sociedade industrial, passou a integrar a vida de todas as nações e a contribuir de maneira significante em todos os setores, tornando-se imprescindível para as atividades econômicas. Sabemos que os principais agentes econômicos são os consumidores e as empresas. Os consumidores são responsáveis pelo consumo, objetivando a maximização de suas satisfações, e as empresas, pela produção dos diversos bens e serviços existentes na economia, procurando atingir o máximo dos seus lucros. Das inúmeras necessidades dos consumidores e das diversas alternativas de produção das empresas, podemos destacar um tipo específico de bem ou serviço econômico que pode ser considerado útil para os indivíduos, pois possui a qualidade de satisfazer algumas de suas necessidades de lazer, que são os bens e serviços turísticos ou produtos turísticos, que é o conjunto de bens e serviços relacionados a toda e qualquer atividade de turismo. Especificamente o produto turístico pode ser definido como um produto composto, formado pelos seguintes componentes: transporte, alimentação, acomodação e entretenimento.
A análise microeconômica do turismo tem como objetivo principal estudar o comportamento dos consumidores turista, que sujeitos restrições orçamentárias, procuram maximizar as satisfações ou utilidades, derivadas do consumo dos produtos turísticos; das empresas, que sujeitas às limitações dos seus processos produtivos, procuram elevar ao máximo seus lucros; dos mercados turísticos, onde se encontram os consumidores turistas e as empresas produtoras dos bens e serviços do turismo.
A demanda turística pose ser definida como a quantidade de bens e serviços turísticos que os indivíduos desejam e são capazes de consumir a um dado preço, em um determinado período de tempo. Daí, que o principal agente econômico responsável pela demanda turística, é o consumidor de produtos turísticos, ou simplesmente como é denominado o turista. Os principais fatores que influenciam a demanda turística são: preço dos produtos turísticos; preço dos outros bens e serviços; nível de renda dos turistas e gastos dos turistas.
A oferta turística pode ser entendida como o conjunto de atrações naturais e artificiais de uma região, assim como de todos os produtos turísticos à disposição dos consumidores para satisfação de suas necessidades, sendo classificadas em três categorias: 1º atrativo turístico entendido como o objeto ou acontecimento de interesse turístico que motiva o deslocamento de grupos humanos para conhecê-los, podemos citar entre os principais: recursos naturais, recursos histórico-culturais, realizações técnicas e científicas contemporâneos e os acontecimentos programados (congressos, feiras, exposições etc.); 2º equipamentos e serviços turísticos chamados de “superestruturas”, pois inclui o conjunto de edificações, instalações indispensáveis ao desenvolvimento da atividade turística, constituído pelos meios de hospedagem, serviços de alimentação, entretenimento e outros equipamentos e serviços turístico, tais como: agenciamento, informações, locadores de imóveis e veículos, casa de câmbio, locais de convenções e exposições, comércio turístico etc.; 3º infra-estrutura de apoio turístico, composta de todas as construções subterrânea e de superfície que proporciona o desenvolvimento da atividade turística, tais como: comunicação, transporte, serviços públicos. Dentre os principais instrumentos de infra-estrutura de apoio turísticos podemos destacar: as informações básicas do município, os sistemas de transporte, comunicação e segurança e os equipamentos médico-hospitalar.
Diante do exposto e como forma de contribuir para o esclarecimento e o debate sobre o tema, gostaria de alertar aos senhores gestores municipais, que o conhecimento dos agregados turísticos é muito importante no planejamento do turismo, pois uma cidade interessada no desenvolvimento do setor turístico deve começar a relacionar todos os recursos que podem ser utilizados, identificando-os, classificando-os e procedendo a uma avaliação real dos mesmos, como parte de um plano de desenvolvimento, considerando que todo e qualquer investimento no turismo deve demonstrar e justificar antecipadamente sua contribuição para a economia local e a preservação do meio ambiente.

O QUE SÃO COMMODITIES?


Carlos Escóssia
Palavra inglesa que significa mercadoria é usualmente utilizada nas relações comerciais internacionais, que é o intercâmbio de bens e serviços entre países, resultante de sua especialização na divisão internacional do trabalho.
O termo commodities designa um tipo particular de mercadoria em estado bruto ou produto primário de importância comercial, como é o caso do café, da juta, do chá, do açúcar, do algodão, do cobre, do minério de ferro, da soja, do estanho etc. Como ilustração, podemos citar um exemplo prático. “As carnes de ovinos e caprinos são commodities, mas a carne de sol do seridó é um produto diferenciado com valor agregado.” Alguns centros notabilizaram-se como importantes mercados desses produtos – commodity exchange.
Por serem o commodities produtos de grande importância no mercado internacional, seus preços acabam sendo balizados pelas cotações dos principais mercados, conhecidos como mercado de commodities, que são os centros financeiros onde são negociadas estas mercadorias. A quase totalidade das transações é realizada a termo, isto é, acerta-se o preço, para pagamento e entrega da mercadoria em data futura, em geral 30, 60, 90 até 180 dias.
As bolsas de mercadorias desempenham um importante papel de mercado centralizador para as transações do commodities, realizando negócios tanto com estoques existentes quanto com estoques futuros, exercendo um papel estabilizador no mercado, minimizando as variações de preços provocadas pelas flutuações da procura e reduzindo os riscos dos comerciantes. As bolsas de mercadorias são livres ou regulamentadas e seus regulamentos gerais ou particulares determinam as condições do seu funcionamento, após aprovação por decretos ministeriais.
Na prática as bolsas de mercadorias estão abertas apenas aos profissionais, os corretores de mercadorias. As cotações são fixadas após discussão entre eles, de maneira que a oferta se iguale à procura. Existe duas espécies de cotações: a do disponível e a da entrega a prazo.
Atualmente, as principais bolsas de mercadorias são as de Chicago, Nova York e Londres,que regulam os preços de quase todo o comercio internacional. No Brasil, a primeira bolsa de mercadoria foi a do Rio de Janeiro, inaugurada em 1912, na qual se faziam negócios com o café, o açúcar e o algodão. No ano de 1920, a bolsa do Rio de Janeiro foi substituída pela bolsa de café, que servia também para transações de açúcar e algodão. Em 1913, o governo de São Paulo criou a bolsa de café de Santos e, em 1917, abriu a bolsa de mercadorias de São Paulo.

O QUE É O IPCA-E?

O IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), segue a mesma metodologia de cálculo do IPCA, mas é divulgado ao final de cada trimestre, sendo formado pelas taxas do IPCA-15 de cada mês. A apuração do IPCA-E foi iniciada em 1991 e seu objetivo é realizar um balanço trimestral da inflação. Como é calculado o IPCA-E?O período de coleta do IPCA-E vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista. São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.O IPCA-E mede a inflação para que parcela da população?Abrange famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e residentes nas áreas urbanas das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Para que é usado o IPCA-E? O índice é utilizado para reajustes de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
Fonte: IBGE

O QUE É O IPCA-15?

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no mercado varejista, mostrando, assim, o aumento do custo de vida da população. Começou a ser divulgado a partir de maio de 2000. O IPCA-15 é uma prévia do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial da inflação no país. Como realiza a medição de preços em um período não calculado pelo IPCA, mostra qual será a tendência do resultado do final do mês. Além disso, o IBGE tem uma comparação mais precisa da alta e queda dos preços, pois a cada 15 dias um dos índices é divulgado. A coleta de dados para a medição do IPCA e do IPCA-15 é uma só. O que muda é o período analisado em cada um dos itens. Como é calculado o IPCA-15?O período de coleta de preços, que acontece em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, concessionárias de serviços públicos e domicílios (para levantamento de aluguel e condomínio), vai do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês atual.São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.O IPCA-15 mede a inflação para que parcela da população?Abrange famílias com rendimento mensal entre 1 e 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Para que é usado o IPCA-15?O índice é utilizado para reajustes de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)
Fonte: IBGE

O QUE É O IPCA?

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país.Como é calculado o IPCA?O período de coleta do IPCA vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista. São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.O IPCA mede a inflação para que parcela da população? O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.Para que é usado o IPCA?É utilizado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país. O governo usa o IPCA como referência para verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.
Fonte: IBGE

O QUE É O IPC-SP?

O IPC-SP (Índice de Preços ao Consumidor - São Paulo) calcula a variação de preços de produtos e serviços da cidade de São Paulo. Ele começou a ser medido em 1989 pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).Como é calculado o IPC-SP?A partir de 2003, o IPC-SP passou a calcular a evolução de preços de maneira quadrissemanal (antes o cálculo era semanal), com fechamentos nos dias 7, 15, 22 e 30.São sempre consideradas quatro semanas (por isso o nome quadrissemana). Por exemplo, no fechamento do dia 7 do mês atual, o cálculo é realizado com base nessa primeira semana e nas três últimas do mês anterior. Já no fechamento do dia 15, o cálculo considera as duas últimas semanas do mês anterior e as duas primeiras do atual. São medidas as variações de preços de 456 itens definidos por meio de uma Pesquisa dos Orçamentos Familiares (POF), aplicada pela FGV, em média, a cada quatro anos.A POF indica o que cada família gasta em média e quais itens têm maior relevância. Além disso, também tem como finalidade incorporar produtos e serviços novos. Esses produtos e serviços são distribuídos em sete classes de despesas (listadas, a seguir, pela ordem de peso no cálculo da pesquisa, da maior para a menor): habitação (31,51%), alimentação (27,20%), transportes (12,76%), saúde e cuidados pessoais (10,53%; inclui remédios e higiene pessoal), educação, leitura e recreação (8,63%), vestuário (4,80%) e despesas diversas (4,57%, inclui gastos como cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet, cigarro e outros). O IPC-SP mede a inflação para que parcela da população? O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos, residentes na cidade de São Paulo. Para que é usado o IPC-SP?É usado para alimentar o IGP (Índice Geral de Preços), também da FGV, que registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Também serve de referência para reajustes salariais e contratos de aluguéis.
Fonte: FGV

O QUE É O IPC-S?

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) calcula a variação de preços de produtos e serviços em sete capitais do país. É medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e teve seu início de apuração em 2003. Como é calculado o IPC-S?O IPC-S registra a evolução de preços de maneira quadrissemanal, com fechamentos nos dias 7, 15, 22 e 30 de cada mês. São sempre consideradas quatro semanas (por isso o nome quadrissemana). Por exemplo, no fechamento do dia 7 do mês atual, o cálculo é realizado com base nessa primeira semana e nas três últimas do mês anterior. Já no fechamento do dia 15, o cálculo considera as duas últimas semanas do anterior e as duas primeiras do atual.São consideradas as variações de preços de 456 itens definidos por meio de uma Pesquisa dos Orçamentos Familiares (POF), aplicada pela FGV, em média, a cada quatro anos.A POF indica o que cada família gasta em média e quais itens possuem maior relevância. Além disso, também tem como finalidade incorporar produtos e serviços novos. Esses produtos e serviços são distribuídos em sete classes de despesas (listadas, a seguir, pela ordem de peso no cálculo da pesquisa, da maior para a menor): habitação (31,51%), alimentação (27,20%), transportes (12,76%), saúde e cuidados pessoais (10,53%; inclui remédios e higiene pessoal), educação, leitura e recreação (8,63%), vestuário (4,80%) e despesas diversas (4,57%; inclui gastos como cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet, cigarro e outros). O IPC-S mede a inflação para que parcela da população? O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos, residentes nas seguintes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Brasília.Para que é usado o IPC-S?Reajustes salariais e contratos de aluguéis.
Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV)

O QUE É O IPC-Fipe?

O IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) começou a ser calculado em janeiro de 1939 pela Divisão de Estatística e Documentação da Prefeitura de São Paulo, com o nome de Índice Ponderado do Custo de Vida da Classe Operária na cidade de São Paulo. Em 1968, a responsabilidade do cálculo passou para o Instituto de Pesquisas Econômicas da USP e, posteriormente, em 1973, com a criação da Fipe, para esta instituição. O nome atual do índice foi adotado em 1972. Ele mede a inflação na cidade de São Paulo.Como é calculado o IPC-Fipe?O IPC-FIPE é calculado medindo-se o mês cheio, de 1 a 30 ou 31, e de maneira quadrissemanal. O sistema de cálculo da variação quadrissemanal do IPC-Fipe abrange um período de oito semanas de coleta. Em cada quadrissemana, as variações são obtidas dividindo-se os preços médios das quatro últimas semanas (referência) pelos preços médios das quatro semanas anteriores a elas (base).Para o cálculo da nova taxa, incluem-se os preços da última semana e descartam-se os valores da semana mais antiga. Por exemplo, na primeira quadrissemana de agosto, o período de referência (as quatro últimas semanas), vai de 8 de julho a 7 de agosto. Já o período das quatro semanas anteriores a estas (base) vai de 8 de junho a 7 de julho. O resultado da primeira quadrissemana de agosto é obtido divindo-se os preços médios do período de 8 de julho a 7 de agosto pelos de 8 de junho a 7 de julho.Na segunda quadrissemana de agosto, a referência é o período que vai de 16 julho a 15 de agosto. Ou seja, a primeira semana de julho foi retirada e a segunda de agosto, acrescentada, mantendo-se um total de 8 semanas.São consideradas as variações de preços de produtos e serviços definidos por uma Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que indica o que cada família gasta em média e quais itens são de maior relevância. Além disso, uma POF também tem como finalidade incorporar produtos e serviços novos.Sete grupos de análise são utilizados pela Fipe (listados em ordem decrescente de peso nos cálculos): habitação (32,79%), alimentação (22,73%), transportes (16,03%), despesas pessoais (12,30%, com itens como fumo, bebidas, recreação e artigos de higiene e beleza), saúde (7,08%), vestuário (5,29%) e educação (3,78%). O IPC-Fipe mede a inflação para que parcela da população?O indicador reflete o custo de vida de famílias com renda mensal de 1 a 20 salários mínimos, residentes na cidade de São Paulo. Para que é usado o IPC-Fipe?O IPC-Fipe é utilizado como indexador informal para contratos da Prefeitura de São Paulo.
Fonte: Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)

O QUE É O INPC?

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) desde setembro de 1979. Ele é obtido a partir dos Índices de Preços ao Consumidor regionais e tem como objetivo oferecer a variação dos preços no mercado varejista, mostrando, assim, o aumento do custo de vida da população.Como o INPC mede uma faixa salarial mais baixa que o IPCA (até 6 salários mínimos, diante dos 40 salários mínimos do IPCA), a alteração de preços de serviços e produtos mais básicos é mais sentida neste índice. O peso do grupo alimentos (arroz, feijão, leite, frutas, refeições feitas em restaurantes, lanchonetes) é maior no INPC que no IPCA. Logo, uma variaçao nesse grupo tem um impacto maior no INPC.Por exemplo, se a cesta básica passar de R$ 100,00 para R$ 150,00, uma família que tenha renda de um salário mínimo sentirá muito mais esse aumento que uma com renda de nove salários mínimos. Além disso, o gás de cozinha (dentro do grupo habitação) e o preço das passagens de ônibus (dentro do grupo transporte) também têm maior peso no INPC. Já os aumentos ou quedas nos preços de automóveis e da gasolina têm maior peso no IPCA porque não são itens de consumo tão importante nas faixas de menor renda.Como é calculado o INPC?O período de coleta do INPC vai do dia 1º ao dia 30 ou 31, dependendo do mês. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os preços obtidos são os efetivamente cobrados ao consumidor, para pagamento à vista. São considerados nove grupos de produtos e serviços: alimentação e bebidas; artigos de residência; comunicação; despesas pessoais; educação; habitação; saúde e cuidados pessoais; transportes e vestuário. Eles são subdivididos em outros itens. Ao todo, são consideradas as variações de preços de 465 subitens.O INPC mede a inflação para que parcela da população?Abrange famílias com rendimentos mensais entre 1 e 6 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Para que é usado o INPC?O índice é utilizado para negociação de reajustes salariais.
Fonte: IBGE

O QUE É O IGP-M?

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.Como é calculado o IGP-M?Esse índice é formado pelo IPA-M (Índice de Preços por Atacado - Mercado), IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor - Mercado) e INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção - Mercado), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. A pesquisa de preços é feita entre o dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês atual. Esses indicadores medem itens como bens de consumo (um exemplo é alimentação) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros). Entram, além de outros componentes, os preços de legumes e frutas, bebidas e fumo, remédios, embalagens, aluguel, condomínio, empregada doméstica, transportes, educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas (cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet e cigarro, entre outros). O IGP-M mede a inflação para que parcela da população?Abrange toda a população, sem restrição de nível de renda.Para que é usado o IGP-M?Contratos de aluguel, reajustes de tarifas públicas e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos).
Fonte: Fundação Getulio Vargas (FGV)

O QUE É O IGP-DI?

O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Como é calculado o IGP-DI?O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) faz medições no mês cheio, de 1 a 30 ou 31 de cada mês. Ele é formado pelo IPA-DI (Índice de Preços por Atacado - Disponibilidade Interna), IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna) e INCC-DI (Índice Nacional do Custo da Construção - Disponibilidade Interna), com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente. O período de coleta dos três é o mesmo do IGP-DI. Esses indicadores medem itens como bens de consumo (um exemplo é alimentação) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros). Entram, além de outros componentes, os preços de legumes e frutas, bebidas e fumo, remédios, embalagens, aluguel, condomínio, empregada doméstica, transportes, educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas (cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet e cigarro, entre outros). O IGP-DI mede a inflação para que parcela da população?Abrange toda a população, sem restrição de nível de renda.Para que é usado o IGP-DI?Reajustes de tarifas públicas, contratos de aluguel e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos). Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV)

O QUE É O IGP-10?

O IGP-10 (Índice Geral de Preços 10) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). Medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Como é calculado o IGP-10?O IGP-10 mede a evolução de preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é formado por 60% do IPA-10 (Índice de Preços por Atacado-10), 30% do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10) e 10% do INCC-10 (Índice Nacional de Custos da Construção-10). Esses indicadores medem itens como bens de consumo (um exemplo é alimentação) e bens de produção (matérias-primas, materiais de construção, entre outros). Entram, além de outros componentes, os preços de legumes e frutas, bebidas e fumo, remédios, embalagens, aluguel, condomínio, empregada doméstica, transportes, educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas (cartório, loteria, correio, mensalidade de Internet e cigarro, entre outros). O IGP-10 mede a inflação para que parcela da população?Abrange toda a população, sem restrição de nível de renda.Para que é usado o IGP-10?Reajustes de tarifas públicas, contratos de aluguel e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos).
Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV)

O QUE É O IGP?

O Índice Geral de Preços (IGP), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. O IGP é formado pela média de três índices que refletem a economia: IPA (Índice de Preços por Atacado, com peso de 60%); IPC (Índice de Preços ao Consumidor, peso de 30%); e INCC (Índice Nacional de Custos da Construção, peso de 10%).O IGP é divulgado em três versões: IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna); IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) e IGP-10 (Índice Geral de Preços 10). O que difere as três é o período de pesquisa dos dados.O IGP-DI faz medições no mês cheio, ou seja, do dia 1º ao dia 30 ou 31 de cada mês. No IGP-M, o período vai do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês atual. O IGP-10 mede a evolução de preços no período compreendido entre o dia 11 do mês passado e o dia 10 do mês corrente. Como é calculado o IGP?Os IGPs são compostos pelos índices IPA; IPC e INCC.Os dados do IPA são pesquisados nas capitais onde haja indústrias. O IPC é o cálculo da variação de preços de produtos e serviços. A pesquisa é realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Brasília. Esse índice é formado por oito grupos: habitação (com itens como empregada doméstica e material de limpeza), alimentação, transportes, saúde e cuidados pessoais (remédios, planos de saúde e sabonete entre outros), educação, leitura e recreação, vestuário e despesas diversas (itens como cartório, loteria e mensalidade de Internet). Os dados do INCC apresentam relatórios da construção civil. As medições são feitas nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Brasília e Goiânia. Esse índice contém três grupos: materiais (azulejos, pisos e louças), serviços (aluguéis) e mão-de-obra (pedreiros). O IGP mede a inflação para que parcela da população?Abrange toda a população, sem restrição de nível de renda. Para que é usado o IGP? Reajustes de tarifas públicas, contratos de aluguel e planos e seguros de saúde (nos contratos mais antigos).
Fonte: Fundação Getúlio Vargas (FGV)

COMPOSIÇÃO DE ÍNDICES ECONÔMICOS

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Carlos Escóssia


IPCA

O IPCA é calculado pelo IBGE. A área de abrangência inclui as 11 maiores regiões metropolitanas do país e sua coleta é feita pelo período de um mês completo. A divulgação ocorre em torno do dia 10 do mês subseqüente. O objetivo é medir a inflação da cesta de consumo das famílias com rendimentos de até 40 salários mínimos. Esse é o índice de preços utilizado pelo Banco Central como base para as metas de inflação do país
INPC
O INPC é calculado pelo IBGE. A área de abrangência inclui as 11 maiores regiões metropolitanas do país e sua coleta é feita pelo período de um mês completo. A divulgação ocorre em torno do dia 10 do mês subseqüente. O objetivo é medir a inflação da cesta de consumo das famílias com rendimentos de até 8 salários mínimos.
IPC-FIPE
O IPC é calculado pela Fipe. A área de abrangência é somente o município de São Paulo e sua coleta é feita pelo período de um mês completo. A divulgação ocorre no início do mês subseqüente. O objetivo é medir a inflação da cesta de consumo das famílias com rendimentos de até 20 salários mínimos. Esse é o índice de preços mais antigo do país, iniciado em 1939.
IGP-DI
A FGV calcula os IGPs (IGP-10, IGP-M e IGP-DI), que possuem metodologia idêntica e diferem somente no período de coleta e na data de sua divulgação. A área de abrangência inclui as 12 maiores regiões metropolitanas do país. Os períodos de coleta são: IGP-10 - do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês de referência; IGP-M - do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência; IGP-DI - mês completo. A data de divulgação é de até 10 dias após o final do período de coleta, aproximadamente. Os IGPs são calculados pela ponderação da inflação medida por três subíndices. O principal é o IPA, com peso de 60% e que mede a inflação dos produtos agrícolas e industriais no atacado. Já o IPC tem um peso de 30% e mede a inflação da cesta de consumo das famílias com rendimentos de até 33 salários mínimos. Por fim, o INCC tem peso de 10% e mede a inflação do setor de construção civil. O IGP-M é utilizado como indexador de títulos emitidos pelo governo e em operações do mercado financeiro.
IGP-10
A FGV calcula os IGPs (IGP-10, IGP-M e IGP-DI), que possuem metodologia idêntica e diferem somente no período de coleta e na data de sua divulgação. A área de abrangência inclui as 12 maiores regiões metropolitanas do país. Os períodos de coleta são: IGP-10 - do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês de referência; IGP-M - do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência; IGP-DI - mês completo. A data de divulgação é de até 10 dias após o final do período de coleta, aproximadamente. Os IGPs são calculados pela ponderação da inflação medida por três subíndices. O principal é o IPA, com peso de 60% e que mede a inflação dos produtos agrícolas e industriais no atacado. Já o IPC tem um peso de 30% e mede a inflação da cesta de consumo das famílias com rendimentos de até 33 salários mínimos. Por fim, o INCC tem peso de 10% e mede a inflação do setor de construção civil. O IGP-M é utilizado como indexador de títulos emitidos pelo governo e em operações do mercado financeiro.
IGP-M
A FGV calcula os IGPs (IGP-10, IGP-M e IGP-DI), que possuem metodologia idêntica e diferem somente no período de coleta e na data de sua divulgação. A área de abrangência inclui as 12 maiores regiões metropolitanas do país. Os períodos de coleta são: IGP-10 - do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês de referência; IGP-M - do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de referência; IGP-DI - mês completo. A data de divulgação é de até 10 dias após o final do período de coleta, aproximadamente. Os IGPs são calculados pela ponderação da inflação medida por três sub-índices. O principal é o IPA, com peso de 60% e que mede a inflação dos produtos agrícolas e industriais no atacado. Já o IPC tem um peso de 30% e mede a inflação da cesta de consumo das famílias com rendimentos de até 33 salários mínimos. Por fim, o INCC tem peso de 10% e mede a inflação do setor de construção civil. O IGP-M é utilizado como indexador de títulos emitidos pelo governo e em operações do mercado financeiro
Fonte: site do HSBC

O QUE É AGRONEGÓCIO?



Carlos Escóssia


Palavra inglesa que significa mercadoria é usualmente utilizada nas relações comerciais internacionais, que é o intercâmbio de bens e serviços entre países, resultante de sua especialização na divisão internacional do trabalho.
O termo commodities designa um tipo particular de mercadoria em estado bruto ou produto primário de importância comercial, como é o caso do café, da juta, do chá, do açúcar, do algodão, do cobre, do minério de ferro, da soja, do estanho etc. Como ilustração, podemos citar um exemplo prático. “As carnes de ovinos e caprinos são commodities, mas a carne de sol do seridó é um produto diferenciado com valor agregado.” Alguns centros notabilizaram-se como importantes mercados desses produtos – commodity exchange.
Por serem o commodities produtos de grande importância no mercado internacional, seus preços acabam sendo balizados pelas cotações dos principais mercados, conhecidos como mercado de commodities, que são os centros financeiros onde são negociadas estas mercadorias. A quase totalidade das transações é realizada a termo, isto é, acerta-se o preço, para pagamento e entrega da mercadoria em data futura, em geral 30, 60, 90 até 180 dias.
As bolsas de mercadorias desempenham um importante papel de mercado centralizador para as transações do commodities, realizando negócios tanto com estoques existentes quanto com estoques futuros, exercendo um papel estabilizador no mercado, minimizando as variações de preços provocadas pelas flutuações da procura e reduzindo os riscos dos comerciantes. As bolsas de mercadorias são livres ou regulamentadas e seus regulamentos gerais ou particulares determinam as condições do seu funcionamento, após aprovação por decretos ministeriais.
Na prática as bolsas de mercadorias estão abertas apenas aos profissionais, os corretores de mercadorias. As cotações são fixadas após discussão entre eles, de maneira que a oferta se iguale à procura. Existe duas espécies de cotações: a do disponível e a da entrega a prazo.
Atualmente, as principais bolsas de mercadorias são as de Chicago, Nova York e Londres,que regulam os preços de quase todo o comercio internacional. No Brasil, a primeira bolsa de mercadoria foi a do Rio de Janeiro, inaugurada em 1912, na qual se faziam negócios com o café, o açúcar e o algodão. No ano de 1920, a bolsa do Rio de Janeiro foi substituída pela bolsa de café, que servia também para transações de açúcar e algodão. Em 1913, o governo de São Paulo criou a bolsa de café de Santos e, em 1917, abriu a bolsa de mercadorias de São Paulo.

O QUE É DUMPING?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


Carlos Escóssia
Dumping, de forma geral, é a comercialização de produtos a preços abaixo do custo de produção. Por que alguém faria isso? Basicamente, para eliminar a concorrência e conquistar uma fatia maior de mercado.
A definição oficial desse termo, que ao pé da letra significa liquidação, está no Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (Gatt, das iniciais em inglês), documento que regula as relações comerciais internacionais.
A rigor, o dumping diz respeito às vendas ao exterior, mas ele também pode acontecer no mercado interno. Os dumping ocorrem, normalmente, em duas situações. A primeira é quando determinado setor recebe subsídios governamentais e, por isso, consegue exportar seus produtos abaixo do custo de produção. Um exemplo bastante conhecido são os subsídios concedidos aos agricultores da Europa e dos Estados Unidos, que freqüentemente prejudicam as vendas brasileiras ao exterior. A segunda situação é quando alguma empresa decide como estratégia, arcar com os prejuízos das vendas a preços baixos para prejudicar, ou até mesmo eliminar algum concorrente. No Brasil, houve suspeita de que grandes cadeias estrangeiras de supermercado praticaram dumping para tirar do mercado estabelecimentos menores.
Os casos de dumping no comércio internacional são resolvidos no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), que condena severamente essa prática. As concorrências dentro de um país devem ser resolvidas por alguma instância de defesa da concorrência.
No Brasil, esse órgão é o Cadê.

O QUE É UM CAPITAL HUMANO?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009


Carlos Escóssia
Diante do atual paradigma emergente, baseado na sociedade global, enquanto não conhecermos o valor econômico da educação estaremos construindo um futuro parecido com o passado e não muito diferente do presente. Em outras palavras, estaremos fadados a um permanente atraso sócio-politico-econômico e sobretudo cultural.
Por capital humano, devemos entender o conjunto de investimentos destinados à formação educacional e profissional de determinada população. O índice de crescimento do capital humano é considerado um dos indicadores (no caso, o mais importante) do desenvolvimento econômico.
No caso especifico do nosso país, não se tem mostrado preocupação com os estudos que revelam ser os investimentos em capital humano a força motriz do processo de desenvolvimento econômico e social. Não existem estudos direcionados para avaliações de cálculos relativos ao retorno social em educação e não se tem procurado apurar a influência da qualificação das pessoas sobre a distribuição de renda do país. São bandeiras como essas que devem nortear a sociedade civil e, sobretudo, os educadores (não confundir com empresários da educação), no sentido de barrar o processo de privatização das universidades.
Entendemos, como têm procedido os países desenvolvidos, a necessidade de o governo brasileiro tratar com maior ou simplesmente com seriedade, a educação, com investimentos maciços que tornem o acesso ao ensino menos dependente da renda, ou do perfil de riqueza familiar. Dessa forma, estaria contribuindo para impulsionar o processo de desenvolvimento, ao mesmo tempo que se poderia fornecer respostas alocativas corretas sobre as taxas de retorno à educação, de modo a corrigir o perfil da distribuição da renda nacional.
De um modo geral, inclusive nos estudos para o Brasil, as taxas de retorno sociais a investimentos em educação são bem maiores do que as taxas de retorno ao capital fixo, o que sugere ser relativamente mais importante investir no homem do que em máquinas. Quanto à distribuição de renda, o pressuposto básico da análise teórica é que os investimentos em educação elevam a produtividade dos indivíduos, permitindo-lhes obter, no mercado de trabalho, salários proporcionalmente mais elevados.
Diante do exposto, e de acordo com a moderna teoria econômica, que preconiza o processo de crescimento basicamente como uma questão de eficiência, e afirma que para crescer o importante é investir bem os recursos da sociedade, definindo-se as alternativas de investimentos de forma abrangente. É fundamental compreendermos, com clareza, o conceito de capital, para incluir o capital humano e não apenas o capital fixo convencional.
Entendendo-se que os gastos com o aperfeiçoamento da base de recursos humanos sejam vistos como investimento, contribuir-se-á para a melhoria qualitativa da força do trabalho. O Estado precisa entender a educação não como custo, mas como investimento. Afinal, como exigir do trabalhador ser polivalente, aprendendo e dominando as novas tecnologias, com investimentos tão pouco em educação, como é o caso do governo brasileiro, que nos últimos dez ano, investiu 3,2% do PIB em educação, enquanto que o Chile, México, Argentina e Bolívia, nossos vizinhos, investiram, respectivamente, 3,6%, 3,8%, 9,9%, e 16,6%; a Bélgica, Dinamarca e Holanda investiram 10%. Para citar países mais pobres que o nosso: Colômbia, Mauritânia, Bertin e o Paraguai investiram cerca de 20%.
Assim, fica cada vez mais evidente que a dinâmica da economia mundial tem se dado especialmente nos setores de alta tecnologia, que em geral requerem altíssimos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Dessa forma, o processo de inovação, especialmente nas áreas dinâmicas, tende a restringir-se aos países que priorizam o capital humano, e ai muitas vezes se observa a cooperação entre empresas, centro de pesquisas e universidades, com o fim de garantirem a hegemonia nas áreas dinâmicas. Isso porque um país que leva em consideração o enorme potencial representado pelos investimentos em capital humano cresce mais rapidamente que os demais. Hoje, com esse novo paradigma baseado na sociedade global, constata-se que os países que mais evoluíram são justamente os que cuidaram da sua base de recursos humanos, o que demonstra o acerto da nova teoria.

GLOSSÁRIO
Desenvolvimento Econômico: Crescimento econômico (aumento do Produto Nacional Bruto per cápita), acompanhado pela melhoria do padrão de vida da população e por alterações profundas na estrutura da economia.
Mudança de Paradigma: Mudança de modelo, padrão, rumo, norte, etc.
Distribuição de Renda: Maneira como se distribui, entre os participantes da produção, o resultado de sua atividade no processo produtivo. É tradicionalmente estudado do ponto de vista de uma distribuição funcional, isto é, da repartição da renda segundo os fatores de produção: trabalho, capital, tecnologia e recursos da natureza. Essa repartição se realiza por meio do pagamento de salários, juros, lucros e da renda da terra.
Capital: É um dos fatores de produção, formado pela riqueza e que gera renda. É representado em dinheiro e também pode ser definido como todos os meios de produção que foram criados pelo trabalho e que são utilizados para a produção de outros bens.
Capital Fixo: Em termos de contabilidade de uma empresa, é aquele representado por imóvel, máquinas e equipamentos. É também chamado do ativo fixo.
Globalização: Fim das economias nacionais e a integração cada vez maior dos mercados, dos meios de comunicação e dos transportes.

CRIANÇA E ADOLESCENTE: PRIORIDADE SOCIAL OU “ADEREÇO POLITICO”


Carlos Escóssia
A criança e o adolescente transformaram-se em notícia: estão nas páginas dos jornais e revistas, nos noticiários e programas de televisão, nos debates acadêmicos e científicos, na informalidade das conversas cotidianas. Discutem-se o que fazer, como agir, quem é o responsável, quais as alternativas de solução. Muito já se escreveu sobre o assunto e se hoje o faço também, não é por mera repetição. Quero abordar o que me parece mais importante e absurdamente relegado a segundo plano; ou seja, qual o verdadeiro objetivo de toda essa “encenação”?, O que se almeja alcançar com e para a criança e o adolescente?
As autoridades envolvidas na atual campanha contra a violência e a exploração sexual de crianças e adolescentes, não se mostram convincentes nas formas de engajamentos que adotam. O interesse maior parece ser pessoal, com a programação de shows musicais, discursos inflamados e cuidadosamente adaptados às linguagens apiscopal, luzes, câmera, ação: palavras eloqüentes, gestos ensaiados e o dever parece está cumprido.
A sociedade, no entanto, parece não aceitar esse conchavo de estratégias políticas, que fazem uso do problema para estabelecerem contato com um povo, que eles desconhecem por completo. A campanha é imprescindível, o tema é inadiável, a questão é urgente e insustentável. Louvável a idéia, indiscutível a necessidade de assim proceder, mas eis que falta um ingrediente básico: profissionais sérios e competentes, dispostos a assumir as rédeas da situação. Porque, entendo ser indispensável o envolvimento de técnicos e autoridades especificas e profissionalmente envolvidos com a problemática. Cumpre alertar, porém, que não deve ser indicados cargos e funções, mas indivíduos de conduta integra, moral intocável e caráter irretocável, para que, cônscios de potencial qualitativo que possuem, possam empregá-lo com o propósito de reverter um quadro social degradante, que assusta, preocupa e angustia a população deste país e principalmente a de Mossoró.
Precisamos na verdade, de ação mais que intenção; de esforços mais do que tentativas; de atos, mas do que projetos teóricos; de pontos finais que respondam nossas interrogações, mas do que exclamações ou reticências sem fim... Queremos mais respeito, mais probidade, mais convicção, mais indivíduos que se dignem a acompanhar de perto o que se faz de concreto no dia-a-dia da cidade, contribuindo para equacionar a problemática supramencionada.
Enfim, gostaria em nome das crianças e adolescentes, pedir um basta aos políticos inescrupulosos que usam suas imagens nos períodos eleitorais, nas propagandas políticas com beijos e abraços e muitas afetividades falsas e depois que se elegem os tratam de forma fria, leviana, hedionda e cretina, afirmando que a problemática que os envolvem é uma questão conjuntural.