CARLOS SANTOS TRAÇA PERFIL

quarta-feira, 18 de março de 2009

O jornalista Carlos Santos, publicou no seu conceituado blog, matéria na qual traça o perfil do Secretário da Cidadania da Prefeitura Municipa de Mossoró, a qual transcrevemos na íntegra:


O perigo da arrogância sociopata de "Chico Carlos"

O secretário da Cidadania de Mossoró, professor Francisco Carlos, escapou fedendo de receber "moção de repúdio" da Câmara de Vereadores. Foi na sessão de terça (17).

A oposição apresentou a proposta, mas a uníssona bancada governista a rejeitou com a força de uma divisão Panzer. Estava escrito.

"Chico Carlos", espécie de lugar-tenente do "prefeito de fato" Gustavo Rosado, é persona non grata no próprio governo. Os servidores o toleram por temor. O fio de esperança é a certeza de que cumpre espaço fugaz. Tem prazo de validade.

Não é de hoje que o professor empina o nariz e assume papel moralmente questionável. Na verdade, aí temos que reconhecer: tem sido fiel ao perfil construído bem antes, na Uern.

- O poder não transforma o homem, o poder revela o homem - assim definiu Frei Betto, decifrando o enigma da besta que salta de alguns indivíduos, quando aboletados numa cadeira Giroflex. Desconhecem a profecia milenar dos hindus: "Tudo passa!"

Portanto, o despotismo do secretário não é repentino. Na Uern, ele ganhou o apelido de "Pinochet Júnior". Com justiça irônica.

Há alguns anos, Chico Carlos foi destituído por unanimidade da Chefia do Departamento de Economia, por usar indevidamente o nome do setor. Utilizou o cargo para privilegiar um candidato à Reitoria.

Nota de repúdio foi publicada na imprensa de Mossoró e Natal, denunciando sua postura censurável. Uma antevisão do que acontece hoje na prefeitura. Estava escrito, sem dúvidas.

No próprio governismo municipal, antes de ascender ao primeiro escalão, ele já fora afastado de cargo de confiança. Foi na administração Rosalba Ciarlini (DEM). Digamos que meteu os pés pelas mãos. Depois encontrou quem passasse a mão sobre sua cabeça.

Com o agitador cultural Gustavo Rosado, que assumiu o governo por inapetência da irmã Fafá Rosado (DEM), eleita prefeita, Chico Carlos ganhou os meios para ser mais do que um cortesão. Um casamento perfeito. Empatia absoluta nos costumes.

O primeiro é o dono do poder, o outro é o seu faz-tudo, com cegueira doutrinária, comum aos arrivistas patológicos. Seria um Heinrich Himmler, que na Alemanha nazista rosnava ao lado de Hitler na Solução Final. Mas aqui ressalvo o meu respeito à inteligência superior da dupla germânica.

Na verdade, até gostaria de suavizar essa descrição, vendo-os como os histriônicos Zé Colmeia e Catatau, personagens de quadrinhos. Às vezes são mesmo risíveis, de tão bobos na sanha despótica, se imaginando eternos. O "mel" em excesso os deixa entorpecidos e delirantes. Parecem assustadores sociopatas.

A empáfia de Chico Carlos não é maior por falta de espaço. Até porque não pode eclipsar o chefe nessa primazia da mediocridade. Salta como porta-voz de tudo, o sabe-tudo, sempre com uma tagarelice boba. Academicismo de suvaco.

Faz-me lembrar o célebre "Conselheiro Acácio" (O Primo Basílio) de Eça de Queiroz. O personagem é pródigo em dissertar sobre qualquer assunto e não se aprofundar em coisa nenhuma. Utiliza meia dúzia de chavões e frases vazias para parecer sério, intelectual e competente. Não passa de um bufão. Idiota de aspecto lombrosiano.

O que conforta suas vítimas e do seu amo, é uma certeza judaico-cristã: aos dois está destinado o lixo da história. O castigo virá do alto. Lamentável é o estrago que farão à sociedade até lá, quando se converterem em mortos-vivos.

Deus salve Mossoró!

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