SÓ RINDO

quinta-feira, 23 de abril de 2009


JOCA, LAÍRE E O RUM
O cartorário Joca Bruno era dono de uma verve e inteligência fulgurantes. Sempre envolvido com a política, atacava de analista por diletantismo.
O médico Laíre Rosado, que ainda não tinha ingressado na política partidária, era constantemente alvo do cerco bem-humorado de Joca. Laíre - que se formara há pouco tempo -, ao contrário de Joca, amante inveterado de um bom uísque importado, adotava o rum como bebida preferencial nas confrarias da qual participava. Com Coca-Cola, claro.
- Ô, Laíre, você continua com recalques de estudante?! Deixe isso de lado, homem. Beba uísque, que é uma bebida de verdade - combate Joca. O médico Laíre Rosado ri, mas se mantém fiel.
Quem acaba capitulando primeiro, é Joca. No místico "BAR IP", de "seu" João Pinheiro, ele muda o "cardápio" de décadas: "João, por favor, me coloque aquela bebida que doutor Laíre bebe. Quero ver que gosto tem, afinal, para ele apreciar tanto!".
Já degustando o rum, à mesa, com outros amigos, Joca vê alguém entrar, que vai logo disparando: "Que é isso, Joquinha?! Tomando rum?! Tá quebrado?"
Joca é fulminante: "É, tô tomando, mas com o preço de uísque".
Volta-se para o dono do IP e ordena: "João, cobre preço de uísque, viu?".
Carlos Santos

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