MENSAGEM PARA MEU VOZINHO CABRAL!!!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009


Carla Cabral da Escóssia*
Vozinho, vou falar simples, como simples foi a sua passagem por essa vida; vou falar fácil e dócil, da forma como foi fácil e dócil conviver e viver com você; vou falar de dignidade e respeito, coisas que você nos ensinou e viajou sem querer se despedir, pois tenho certeza que o senhor – ESTE HOMEM – ainda tinha muito a nos ensinar e a ensinar a toda humanidade com suas HISTÓRIAS PITORESCAS.
Vô, aprendi com o senhor , e hoje tenho plena certeza que é verdadeira sua afirmação que: “UMA COISA PUXA A OUTRA”, e com lágrimas nos olhos e um triste sorriso no rosto, guardarei na lembrança os bons momentos em que vive ao seu lado.
Há vozinho, quanta saudade, sentiremos do senhor! Adiamos tudo, até que sua morte chegou! Adiamos o entendimento de tudo, a vontade de gritar, o calar que nos foi imposto, um cansaço antecipado de tudo, com uma saudade prognostica e vazia. Sua partida doeu “De MAIS” em todos que tiveram o privilégio de te conhecer. A dor não é pelo mistério, pelos interesses misteriosos, mas pela dor do meu coração.
Estou triste, de coração partido e ao senhor peço que me dê força e coragem para terminar o que preciso dizer. Tive a doce alegria de ser sua primeira neta e tive a oportunidade de viver ao sabor de sua companhia por longos e felizes anos. O senhor esteve ao meu lado em todos os momentos bons e difíceis da vida. Do pior deles, que foi a morte de vozinha até o mais sublime que foi o nascimento de João Marcelo, meu filho, seu bisneto e afilhado. Esteve ao lado de mainha quando nasci, em todos os meus aniversários, na minha formatura e casamento, mas, sobretudo, esteve sempre em minhas orações, morando no fundo de minha alma de uma maneira tão profunda que sua lembrança diária me emocionava. Você foi mais, muito mais que avô, foi pai, amigo, conselheiro e cúmplice de coisa boas na busca do bem comum. Vozinho, eu sempre soube o “caminho de casa”, porque, “você era a minha casa” e agora viverá eternamente em meu coração.
Impossível mensurar a sua importância para toda a nossa família. Sempre decifrando cada filho e suprindo as faltas detectadas. Amando cada neto de forma terna e eterna. Esperando calorosamente pela chegada do tão esperado neto Luiz Eduardo. E vendo no rosto dos bisnetos, João e Lêlê, alegria para viver.
Sabia meu querido avô ou simplesmente vozinho, que o silêncio de hoje é diferente do silêncio de ontem, pois o silêncio de ontem era compensado pela doce alegria da sua companhia, já o silêncio de hoje é diferente do silêncio de ontem, pois o silêncio de hoje é triste pela dor de sua partida. Ficamos paralisados, incrédulos, diante da sua honestidade inquestionável, sua generosidade , seu caráter ilibado para com aqueles que um dia lhe decepcionaram e como diz uma linda música que muito me recorda o senhor se as tristezas desta vida quiserem te sufocar, segura na mão de Deus e vai. Se a jornada é pesada e te cansas a caminhada, segura na mão de Deus e vai. Jesus te prometeu que jamais te deixará, então, vô, segura na mão de Deus e vai.
Há, meu avô amado “se todos fossem iguais a você” o mundo seria bem melhor.
“Vai tua vida
Teu caminho é de paz e amor;
A tua vida
É uma linda canção de amor...
Existiria a verdade
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você”
Eternas Saudades...
Da sua esposa, dos seus filhos, netos, bisnetos, genros, noras, irmãos, cunhados e amigo
*Discurso proferido na missa de sétimo dia do meu avô Cabral.

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